A Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) selecionou a dissertação de Gustavo Pereira Machado de Melo Souza, intitulada "Tecendo alternativas ao desenvolvimento: como povos indígenas contribuem para repensar o mundo a partir da América Latina", como a melhor do ano de 2024!
A dissertação investiga de que maneira os povos indígenas da América Latina oferecem formas de repensar o desenvolvimento, partindo de seus próprios territórios e de suas práticas cotidianas. O trabalho argumenta que as alternativas ao desenvolvimento propostas por povos indígenas propõem a pluriversalidade, ou seja, múltiplas formas de viver praticadas em vários territórios.
A dissertação estuda o Cinturão Verde Guarani, que busca ser reconhecido pelo PL 181/2016 do município de São Paulo. Trata-se de uma iniciativa do povo Guarani das duas Terras Indígenas da cidade de São Paulo, sendo um exemplo de como o "envolvimento" entre humanos e natureza se apresenta como uma alternativa ao "des-envolvimento". O trabalho situa essa discussão a partir de uma cuidadosa interação com intelectuais indígenas, abordando suas contribuições conceituais e práticas como algo fundamental para o pensamento crítico e para a prática política em Relações Internacionais e em outros campos do conhecimento, dentro e fora dos circuitos acadêmicos.
O pode ser acessada na íntegra no Repositório Institucional da UFBA.
Esta é a terceira vez que uma dissertação do PPGRI-UFBA recebe o prêmio ABRI de melhor dissertação do ano: Blenda Santos, em 2022, e Lisa Benevides, em 2023, haviam conquistado o mesmo prêmio. Além disso, a dissertação de Andrea Dorea Mascarenhas recebeu, em 2022,o prêmio UFBA de melhor dissertação do ano na área das Ciências Humanas.
Parabéns, Gustavo!